Agronegócio: as várias realidades dentro de um mesmo setor
Quem acompanha o Rádio Rural todos os dias aqui na Rádio Eldorado, nos ouviu dizer desde o início desta crise da pandemia que o agronegócio seria o setor que menos iria sofrer e o que mais cedo reagiria ao final da crise. Porém, nos últimos dias viemos trazendo notícias de que os governos estão sendo cobrados a tomarem medidas para salvar o setor.
Então o que está acontecendo?
Vamos tentar explicar este cenário complexo em breves palavras: há realidades bem diferentes dentro do mesmo setor.
Ao anunciar o pacote de socorro ao agronegócio, o Governo Federal já deixou claro que os produtores de milho e soja não terão acesso aos benefícios emergenciais. O motivo é simples. Nos dois casos os negócios vão de vento em popa. A safra de soja foi plantada com a saca valendo R$ 82,00 e a venda agora está sendo feita em média a R$ 100,00. Nem nos melhores sonhos dos sojicultores se esperava um cenário destes. Com o milho foi a mesma coisa, alta produtividade e preços muito compensadores. E, nos dois casos, o mercado internacional aquecido e a alta do dólar que torna o produto brasileiro mais interessante ainda para a exportação.
O nó começa a apertar no setor de carnes. No início da semana conversamos com Lozivânio de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Suinocultura. Ele falou sobre as duas realidades do setor. Os pequenos frigoríficos, que são maioria na região, e que vendem para o mercado interno, já sentiram os efeitos da baixa no consumo. Já os grandes frigoríficos que focam no mercado externo, vão indo muito bem. As exportações de carne de frango e boi também continuam a todo vapor. Entre semana passada e esta semana foram vários anúncios de novos negócios com países como China e Egito. Somente para o Egito foram 42 novos frigoríficos liberados a exportar nessa semana.
Quando chegamos na Agricultura Familiar é que a situação aperta. Mais de 90% das propriedades catarinenses estão na categoria de pequenas propriedades em regime de agricultura familiar. Pesquisas apontam que mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro venham justamente deste setor. Em tempos normais, esse é o segredo do sucesso, pois se formam as chamadas cadeias curtas, onde quem produz fica muito próximo de quem consome. Isso significa produtos mais frescos, com menor preço e quando o consumidor consegue identificar de onde vem e como é produzido o que ele vai comer.
Mas, em tempos de quarentena e crise financeira, é o setor mais atingido. Grande parte da venda destes produtores é feita nas feiras das cidades, sendo que maioria está fechada em média há três semanas. Depois vem as vendas para a merenda escolar, o que também caiu com o fechamento das escolas. Depois vem o fornecimento para restaurantes, bares e lanchonetes, todos fechados.
Vamos tomar o exemplo do queijo. A maior parte da venda do produto da região é justamente para restaurantes (principalmente pizzarias), bares, lanchonetes e padarias. Grande parte desses estabelecimentos está fechada ou funcionando sem consumo no local, como nas padarias. Dependendo apenas do consumo feito em casa, a demanda é bem menor. Isso freou a venda de queijo, que fez os lacticínios baixarem em 50% a compra do leite e forçou os produtores a descartar leite ou adotar estratégias para diminuir a produção de seus animais, que incluem secar vacas mais cedo e disponibilizar menos alimento aos animais.
As vendas pelas redes sociais ou telefone estão se tornando mais que uma alternativa interessante, mas na verdadeira “salvação da lavoura”, para os pequenos produtores aqui da região. Então, ainda mais neste momento se reforça a frase que usamos sempre no Rádio Rural: compre produtos da agricultura familiar, é bom para você e para a economia regional!
Cursos presenciais do Senar vão depender das restrições de cada município
Em entrevista nesta terça-feira (21) ao programa Rádio Rural, a Coordenadora Regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sueli Silveira Rosa, disse que o sistema aser utilizado pela entidade para os cursos depende das restrições de cada município. Dpeois do período de quarentena, as aulas de panificação, compotas e geléias e de embutidos, realizados prinicpalmente com mulheres agricultoras, vinha sendo realizado em espaços amplos e observando todos os cuidados e precauções em relação à Pandemia. Porém, o aumento de casos em determinadas regiões e com as determinações sendo diferentes em cada município, a estratégia foi seguir as orientações das autoridades sanitárias em cada município.
Confiraa entrevista na íntegra:
Ministério da Agricultura lança canal anônimo para denunciar venda casada no crédito agrícola
Ministério da Agricultura lançou hoje uma nova plataforma de denúncias da prática de venda casada na oferta de serviços financeiros para produtores rurais.
Com o serviço, os produtores poderão fazer reclamações anônimas sobre a prática, que ocorre quando bancos condicionam a liberação do crédito à aquisição de outros produtos financeiros.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina disse que “Isso é ilegal e imoral. Não é possível que os produtores rurais ainda tenham que passar pelo desconforto neste momento em que vão tomar esse crédito subvencionado pelo governo”.
Ela afirmou ainda que muitas vezes as taxas de juros praticamente dobram de valor com a venda casada.
O ministro da Justiça, André Mendonça, disse que a venda casada no âmbito do crédito rural, especialmente para o pequeno agricultor, traz impacto significativo aos resultados e à renda do homem do campo.
Para o coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Contraf Brasil), Marcos Rochinski, a iniciativa é fundamental principalmente para os agricultores familiares, que muitas vezes são intimidados pelo banco para adquirir outros produtos.
O diretor de Autorregulação da Febraban, Amaury Oliva, garantiu que a entidade não compactua com a prática de venda casada e está alinhada aos ministérios da Agricultura e da Justiça no combate a esta prática abusiva. Segundo ele, além de ser proibida pelo Código de Defesa do Consumidor, a venda casada é vedada pelas normas do Banco Central e nos compromissos da autoregulação bancária da Febraban.
Há um formulário com 12 perguntas que deve ser preenchido com as informações sobre as irregularidades constatadas na hora de contratar um crédito rural.
A plataforma orienta o produtor a guardar os documentos que comprovem a venda casada, como contratos de financiamento, extratos bancários, documentos da negociação e pedidos de esclarecimento da negativa de concessão de créditos.
As dúvidas sobre o assunto podem ser solucionadas pelo whatsapp (61) 99840-9079 ou pelo e-mail sadj.spa@agricultura.gov.br.
Prejuízos com o vendaval passam de R$ 588 milhões nos setores agropecuário e pesqueiro
Dos 295 municípios de Santa Catarina, 238 tiveram prejuízos com o vendaval ocorrido nos dias 30 de junho e 1º de julho.
Segundo levantamento da Epagri/Cepa, ao todo 1.771 estabelecimentos agrícolas ou pesqueiros foram afetados.
Os prejuízos somam R$ 588.359.124,32.
Na Região Sul as perdas chegam a quase R$ 170 milhões.
Na Regional de Criciúma, que abrange os municípios da Amrec e Amesc, foram 22 municípios atingidos, com 6.806 estabelecimentos afetados e um prejuízo total de R$ 156.415.775,00.
Na Regional de Tubarão, foram 13 municípios atingidos, 1.251 estabelecimentos afetados e o prejuízo total de R$ 13.019.700,00.
Confira na tabela abaixo os municípios atingidos e os valores apurados:
Jacinto Machado – R$ 43.084.700,00
Orleans – R$ 22.700.875,00
Timbé do Sul – R$ 19.332.750,00
Sombrio – R$ 14.007.000,00
Santa Rosa do Sul – R$ 10.198.500,00
Morro Grande – R$ 9.590.160,00
Praia Grande – R$ 8.096.000,00
Lauro Müller – R$ 7.551.400,00
Grão Pará – R$ 7.250.900,00
Criciúma – R$ 6.924.000,00
Santa Rosa de Lima – R$ 5.050.000,00
São João do Sul – R$ 3.594.200,00
Turvo – R$ 2.417.500,00
Siderópolis – R$ 2.285.360,00
Nova Veneza – R$ 1.977.300,00
Treviso – R$ 1.358.000,00
Ermo – R$ 1.296.280,00
Urussanga – R$ 781.100,00
Araranguá – R$ 555.200,00
Meleiro – R$ 323.950,00
São Martinho – R$ 250.000,00
São Ludgero – R$ 184.500,00
Rio Fortuna – R$ 104.300,00
Imarui – R$ 32.000,00
Imbituba – R$ 27.950,00
Morro da Fumaça – R$ 27.500,00
Tubarão – R$ 22.800,00
Treze de maio – R$ 17.000,00
Maracajá – R$ 14.000,00
Armazém – R$ 10.800,00
Cocal do Sul – R$ 7.000,00
Braço do Norte – R$ 2.150,00
Décima Edição da AgroPonte vai ficar para o ano que vem
A exemplo da maioria dos eventos agropecuários no Brasil e no mundo, a décima edição da Feira AgroPonte foi transferida para o próximo ano.
Em nota distribuída na tarde de hoje, a Nossa Casa Feiras e Eventos e o EMTURSUL Convention & Visitors Bureau de Criciúma e Região, anunciaram decisão.
Segundo a nota, a decisão foi tomada após muito diálogo entre as entidades apoiadoras, patrocinadores e participantes da feira. O motivo principal são as incertezas quanto às questões sanitárias ligadas à Pandemia.
Segundo os organizadores os investimentos antecipados são muito altos e não há uma previsão segura de como estará a situação até a data do evento. A justificativa leva em conta que como há expositores e participantes de várias partes do estado e do país, há que se levar em conta a preocupação quanto a segurança e a saúde de expositores e visitantes.
A feira já havia sido transferida de agosto para novembro deste ano. Mesmo assim a organização afirma não haver segurança física/saúde pública e jurídica para a realização do evento.
A organização do evento leva em conta uma vantagem que temos em relação a outros lugares do mundo. Como a Pandemia e instalou primeiro na Europa e Ásia, por exemplo, temos como monitorar o que vem acontecendo por lá, depois do pico de contaminações que aconteceu no início do ano.
Mesmo tendo passado o período mais crítico, surtos da doença ainda atrapalham a programação e realização de ventos em toda a Europa e Àsia.
Assim, por questão de segurança, me parece acertada e coerente a decisão.
A nova data da Agroponte é de 18 a 22 de agosto de 2021.
Feira Delivery da Agricultura Familiar de Criciúma cada vez melhor
Tudo começou em março deste ano com a necessidade de encontrar uma forma de vender os produtos da Agricultura Familiar de Criciúma, mesmo com as restrições impostas pelo isolamento social.
Como a feira física que era realizada no Paço Municipal e no Parque das Nações não podia acontecer, agircultores, Gerência de Agricultura do Município e Epagri, resolveram inovar e criar uma feira via internet.
Com navegação fácil, boa visualização e onde é divertido escolher e comprar os produtos, o site ganhou cada vez mais o gosto popular e a confiança dos participantes.
Com tudo isso o número de acessos foi aumentando a cada semana, ao ponto da feira ter que ampliar os dias de compra e de entrega.
Agora as compras podem ser feitas da manhã das terça-feiras, até as 9 da noite das quintas-feiras.
As entregas que eram feita somente nos sábados, passam a ficar a escolha do clinete, podendo ser realizadas também nas sexta-feiras.
Para conferir a linha de produtos que tem artesanais, orgâncios e convencionais, é só clicar no link: https://kyte.site/agricultura-familiar-2
Ministra da Agricultura grava vídeo prometendo ajuda aos bananicultores de Santa Catarina
No ranking das culturas que mais tiveram dificuldades e prejuízos em 2020, a bananicultura salta em primeiro lugar.
Estiagem, Pandemia, vendaval e enchente atingiram a cultura de uma forma ou de outra.
Em vídeo, a ministra Tereza Cristina enfatiza que os produtores podem contar com o Governo.
Confira o vídeo:
Raio mata vacas leiteiras no interior de Grão Pará
As fortes chuvas e trovoadas da madrugada e manhã deste domingo acabaram dando prejuízo a um pecuarista do interior do município de Grão Pará. Um raio atingiu e matou quatro animais da propriedade.
Era por volta de 9:30h da manhã deste domingo, logo depois da ordenha das vacas na propriedade de Rosalino Perim Vacari, que junto com o filho Romário Stang Vacari, cuidam de 90 vacas leiteiras na comunidade de Invernada.
O raio atingiu os animais quando o rebanho se dirigia de volta ao pasto.
Os animais atingidos estavam próximos à granja de suínos da propriedade.
Uma das vacas mortas havia parido bezerros gêmeos no dia de ontem.
Agora a família tem que se empenhar em alimentar os bezerros na tentativa de evitar ainda mais perdas com o fato.
Madeira de árvores derrubadas pelo vendaval pode ser usada no reparo dos danos
O Conselho Estadual de Meio Ambiente de Santa Catarina (Consema) aprovou resolução que autoriza o aproveitamento da madeira das árvores derrubadas ou danificadas pelo vendaval ocorrido no estado.
Em caráter excepcional, a norma, elaborada pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA), levou em consideração a necessidade de material de construção, em especial de madeira, para reparos e reconstrução de moradias e outros locais.
Confira a entrevista feita no programa Rádio Rural com o biólogo do IMA, Juliano de Mattos Emerick.
Busca por diversificação leva família a investir em piscicultura
O patriarca da família, seu Mário Dominguini, diz nunca ter imaginado que um dia o terreno que servia de potreiro e roça de fuma, um dia abrigasse extensos açudes commilhares de peixes. Mas, ele confessa que gostou da idéia e se mostra muito feliz com o trabalho que vem sendo desenvolvidop numa parceria entre o filho Márcio Domingini e o genro Valdecir Alves.
Confira a reportagem completa abaixo:
Estragos pelo vento são tantos que levantamento deve levar mais uma semana
Em entrevista ao Programa Rádio Rural desta sexta-feira (3), o Gerente Regional da Epagri, Edson Borba, afirma que fica difícil até manter o moral da equipe.
Segundo ele, apesar do profissionalismo do pessoal, é impossível não se abalar diante do drama de muitas famílias de agricultores, que não sabem nem por onde recomeçar.
“Quanto mais avançamos nas comunidades mais isoladas e afetadas, maiores são as dificuldades até para fazer o levantamento dos danos”, afirmou Borba, dizendo que o relatório final possivelmente só ficara pronto no fim da próxima semana.
Confira a entrevista:
Epagri prepara relatório sobre os prejuízos causados pelo vendaval
A dificuldade de acesso e comunicação são fatores que retardam o trabalho dos técnicos, que estão a campo desde a manhã de ontem contabilizando as perdas nas comunidades do interior.
Em alguns setores as perdas continuam acontecendo. Um desses setores e a pecuária leiteira, onde a falta de energia elétricas nas propriedades causa o descarte de grande quantidade de leite por falta de resfriamento adequado.
Acompanhe a entrevista do Gerente Regional da Epagri, Edson Borba, ao programa Rádio Rural desta quinta-feira 2 de julho.
Governo do Estado oferece subsídio de juros para investimento em reservação de água
Embora as chuvas dessa semana tenham amenizado, o problema da estiagem continua. Reservar a pouca água que tem caído é fundamental e para isso precisa haver investimentos.
O Governo Catarinense tenta potencializar os recursos do Plano Safra do Governo Federal, subsidiando os juros de financiamentos para investir em reservação de água.
Confira o vídeo.
Investimento em Frigorífico de peixes é a esperança de sucessão familiar
Família tradicional da comunidade de Linha Alexandre Da Boit, em Siderópolis, vem se adaptando ao longo dos anos para se manter na agricultura. Agora a aposta é na criação e beneficiamento de peixes para tentar manter a futura geração na atividade.
Confira o vídeo:
Feira Delivery da Agricultura Familiar de Criciúma chega a 12ª semana
Desde seu início a feira tem apresentado novidades a cada semana, ampliando o número de produtores participantes, do mix de produtos à dispoisção e agora também a possibilidade de escolha de horário para receber os produtos em casa.
Confira os detalhes na entrevista com a Gerente de Agriculturade Criciúma, Marstela Borgert Bressiani.
Para fazer os pedidos é só acessar clicar neste endereço: https://kyte.site/agricultura-familiar-2
Nuvem de gafanhotos na Argentina próximo a Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul
Imagens que correm a internet impressionam pela quantidade de insetos.
Segundo dados divulgados por agrônomos do Sistema Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), dão conta que a densidade chega a 40 mil insetos por quilometro quadrado em plantrações de milho ou pastagens. O estrago causado em um dia equivale a 2 mil vacas em pastoreio.
No comentário de hoje ainda a liberação de verba para auxiliar na perfuração de poços em Santa Catarina.
