Agropecuária sofre efeitos da estiagem
Desde meados do ano passado o volume de chuva na região ficou abaixo dos níveis considerados normais e satisfatórios. Os primeiros a sentir os efeitos foram os rizicultores, que tiveram dificuldades para abastecer as canchas no decorrer da safra. A região da AMESC foi a mais atingida, uma vez que não há uma barragem que possa auxiliar no abastecimento, o que resultou também em problemas até para abastecimento humano durante o verão.
Normalmente os meses de outono e inverno são os de menor índice de chuva na região o que complica ainda mais a situação, pois já encontra um solo seco e manaciais comprometidos. Desde o início do ano, com a previsão do retorno do fenômeno La Niña, resultado do resfriamento das águas do Oceano Pacífico, já se temia que a situação fosse se deteriorando emtermos de abastecimento na região.
Infelizmente as previsões estão se concretizando e vários setores produtivos já começam a sentir os efeitos da estiagem. A produção de milho, feijão e soja já vinha sofrendo quedas em virtude da pouca umidade do solo. Há poucos dias fumicultores começaram a relatar que já encontram dificuldades para irrigar os canteiros de muda e sentem insegurança com a possibilidade de faltar chuva na hora de transferir as mudas para a lavoura.
Hoje pela manhã, no Eldorado na Praça, recebemos a informação do avicultor Guilherme Destro, da comunidade de Picadão, em Nova Veneza, que teve que adaptar um tanque ao trator para conseguir abastecer o aviário. Segundo relato de Guilherme, o galpão abriga aproximandamente 60 mil aves que devem ser entregues na meio da próxima semana. Nesta fase o consumo de água é mais acentuado e chega a praticamente 10 mil litros por dia. Isso obriga ao avicultor investir tempo e dinheiro para garantir o básico para abastcer as aves.
Segundo Ronaldo Coutinho, há indicativo de chuva na terça e quarta-feira, mas o volume é baixo e não traria nenhuma alteração para os mananciais já compromtidos. A expectativa é que o volume seja suficiente pelo menos para ajudar nos preparativos das pastegns de inverno, uma vez que criadores de gado leiteiro da região já começam amargar prejuízos com perda de qualidade nas pastagens remanescentes do verão e não há umidade para inicar os preparativos para forragem de inverno.