Mundo tem que trabalhar pela paz no Oriente Médio
Os conflitos entre Israel e a Faixa de Gaza aumentaram em proporção nos últimos dias. Não se enxerga ainda a possibilidade de um cessar-fogo.
Uma trégua possibilitaria colocar os dois lados na mesa de negociação. A falta de liderança do presidente dos EUA, Joe Biden, tem sido criticada mesmo entre os democratas em Washington.
O número de mortes pode crescer mais nos próximos dias e a crise pode atingir um ponto em que não haja possibilidade de negociação, por isso a diplomacia tem que trabalhar intensamente em busca da paz.
Os combates entre Israel e os palestinos têm resultado em declarações de preocupação da comunidade internacional e esforços diplomáticos para deter a violência.
O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, está realizando conversações na terça-feira (18) com os ministros das Relações Exteriores da UE para discutir a melhor forma de apoiar a desescalada do conflito.
Autoridades dos EUA têm falado sobre os esforços para trabalhar nos bastidores para acalmar a situação, incluindo a coordenação com outros países da região.
"A maneira mais eficaz que sentimos que podemos fazer isso é através da diplomacia silenciosa e intensiva, e é nisso que nosso foco está neste momento", disse Psaki.
Em um telefonema na segunda-feira (17) com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o presidente dos EUA Joe Biden reiterou o apoio a Israel para "se defender contra ataques indiscriminados de foguetes", ao mesmo tempo em que busca fazer com que Israel "garanta a proteção de civis inocentes".
Esta é a primeira vez que Biden se posiciona publicamente a favor de um cessar-fogo, após ter sido pressionado por integrantes do Partido Democrata e representantes de outros países para que exerça um papel mais ativo na crise no Oriente Médio. Até agora, o governo americano vinha evitando solicitar uma trégua no conflito e apenas oferecendo mediação no caso de negociações.
"O presidente expressou seu apoio a um cessar-fogo e falou sobre o compromisso dos EUA, Egito e outros aliados com essa finalidade", diz o comunicado da Casa Branca
O presidente francês Emmanuel Macron disse que terá conversações com Netanyahu nos próximos dias e pediu um cessar-fogo "o mais rápido possível". Ele acrescentou que a França está apoiando a mediação do Egito no conflito, que tem sido fundamental para acabar com as rodadas anteriores de combates entre Israel e militantes palestinos.
A chanceler alemã Angela Merkel disse que conversou na segunda-feira (17) com Netanyahu e expressou seu apoio ao direito de autodefesa de Israel.
Enquanto líderes internacionais buscam garantir um cessar-fogo entre as partes não há ainda sinais claros de um esfriamento no tenso conflito que vivem os judeus e palestinos nos últimos dias.