SACRIFICAR O GEIO OU O ZÉ
Em Nova Veneza a aliança PSDB e PSD vive um dilema que precisa ser resolvido para que continuem juntos na eleição do ano que vem. O atual prefeito, Rogério “Géio” Frigo (PSDB) está no primeiro mandato, portanto, em condições de buscar a reeleição. O fato é que o vice-prefeito Sérgio Zé Spiller (PSD) está no segundo mandato e para concorrer de novo precisa mudar a vaga, ou seja, disputar a Câmara de Vereadores ou a cabeça de chapa (prefeito). Desta forma, ou Géio abre mão, ou Spillere pratica o gesto. Os dois não podem ser contemplados nos seus cargos atuais. De um lado Géio vem sendo pressionado dentro do partido para bancar a sua reeleição. De outro o PSD cobra o que teria sido um acordo que lhe dá o direito de cabeça de chapa.
PESQUISA
Uma das ferramentas a ser sugerida pelo PSDB para evitar o “par ou ímpar” é uma pesquisa em tempo hábil. Ocorre que sobre as tais pesquisas pairam suspeitas, especialmente quando se trata de determinado instituto conhecido nos bastidores políticos como influenciável por um tucano vizinho da Veneza.
VERBAL
Existe mais gente inflamando o debate interno em Nova Veneza. Uma ala do MDB, por exemplo, jura que em outros tempos, numa reunião que teria ocorrido na casa de um morador vizinho das Casas de Pedra, os tucanos teriam oferecido a mesma promessa de cabeça de chapa na eleição seguinte, o que não teria sido cumprido. Os tucanos negam.
É NATURAL
Afora estas especulações o certo é que qualquer acordo que retire o atual prefeito da condição de candidato à reeleição na cabeça de chapa soará pouco lógico. Com ou sem críticas, aprovado ou não pela maioria de Nova Veneza, Frigo tem hoje uma das melhores avaliações como prefeito fora do seu município. Já internamente a avaliação se submete ao voto.
É DA COTA DO PSD
Ainda sobre Nova Veneza há de se considerar que o PSD tem como meta o maior número possível de prefeitos. Trata-se de estratégia que mira a candidatura de Júlio Garcia para o governo do Estado em 2022, situação cada vez mais provável.
A BATUTA DE DÓRIA
O prefeito de Criciúma com os deputados (federal) Giovânia de Sá e (estadual) Vicente Caropreso e o presidente dos prefeitos do PSDB em Santa Catarina, Clenilton Carlos Pereira (Araquari), foram recebidos pelo governador de São Paulo, João Dória Júnior. O encontro foi ontem à noite no Palácio dos Bandeirantes em São Paulo. Os tucanos catarinenses ouviram Dória confirmar que assumiu o papel de principal líder da sigla no país.
VAGA ABERTA
A visita dos peessedistas catarinenses é muito mais um gesto de força e articulação de quem está buscando as rédeas de um partido que parece à deriva, do que qualquer outra coisa. Este grupo entende que o atual presidente, deputado Marcos Vieira, conduziu o partido para um rumo que se mostrou equivocado. Encolheu pela metade as bancadas federal e estadual e na majoritária apostou em um nome que nem está mais na sigla (Napoleão Bernardes).
TROCA DE NOME
Da conversa com João Dória Júnior os líderes catarinenses recolheram informações como a possibilidade de fusão e até mudança de nome. O presidente nacional do partido deve ser o deputado federal pernambucano Bruno Araújo. Uma pesquisa a ser contratada ainda neste mês vai ditar novos caminhos, provavelmente mais à direita e conservador.
IDEIA BOA, EXECUÇÃO LENTA
A Câmara de Vereadores de Criciúma aprovou ontem a substituição da agência reguladora do serviço de água e esgoto no município. A contratada agora é a CISAM-Sul, que atua em mais de duas dezenas de municípios da região. Com esta agência a expectativa é de que haja cálculo que indique a redução da tarifa de água e de esgoto. A agência anterior era considerada inerte na defesa dos contribuintes. O projeto de substituição da agência foi feito pelo Executivo.
ESFRIOU De novo a Câmara de Vereadores de Criciúma deixou um belo assunto esfriar, para só após ser provocada agir de forma conclusiva. Natural que deva ser respeitada a origem da matéria, mas este assunto de redução da tarifa de água e esgoto foi primeiro levantado pela Câmara. Agora, da forma como está andando, virou instrumento absorvido pelo Executivo.
NO PRÉDIO Tem sido assim nas ações mais recentes da Câmara de Vereadores de Criciúma, em que o assunto é levantado com propriedade, mas a luta esmorece ou se submete a manobras do Executivo. No caso da construção da sede do Legislativo tem sido a mesma coisa. Só vai sair quando o Executivo quiser?
SEM RECÚO A mesma Câmara de Vereadores que foi buscar subsídios em várias cidades do Estado e provocar um debate sobre o assunto tarifa de esgoto, se exclui ou permite ser excluída daquela que parece ter se tornado em bandeira do Executivo.
VIRAM BEM Quem primeiro reclamou da tarifa e dos serviços da Casan foram os vereadores. Se recuarem da intenção de rever tarifa, qualidade e autor dos serviços, podem ser acusados de fazê-lo apenas para não acompanhar o que virou bandeira do Executivo de Criciúma e outras cinco cidades: Maracajá, Siderópolis, Forquilhinha, Nova Veneza e Içara.
TROCA O novo governo do Estado não superou o primeiro teste na Assembleia Legislativa. Antes mesmo da votação da primeira matéria teve que trocar o líder do governo. A partir desta semana a liderança passa a ser executa pelo experiente deputado Maurício Escurdlark, que já foi do PSD e agora está no PR e na terceira legislatura.