Criciúma perder com a briga de governador e o prefeito
A partir desta segunda-feira o governo de Criciúma irá à Justiça para tentar evitar perder a Casan como agente cobradora da taxa de lixo. Venceu neste sábado (31 de agosto) o contrato da prefeitura com a empresa estadual, segundo o qual a taxa de lixo era cobrada na conta de água. Em algumas cidades, como Içara, a Casan renovou o contrato normalmente. A questão com Criciúma é de “briguinha” entre o governador e o prefeito. Clésio Salvaro ameaçou romper o contrato de exploração de água e esgoto se a Casan não baixar o preço. Soma-se à esta intenção a forma como a briga foi comprada pelo prefeito, que “peitou” o órgão estadual. Ameaçou liderar boicote à empresa se a tarifa não fosse reduzida.
Acontece que a taxa de lixo, antes cobrada de uma só vez junto ao IPTU, foi parcelada em 1/12 e até então foram cobradas oito parcelas. O governo municipal ficará sem cobrar as quatro restantes.
Flagrantemente o governador tem ignorado Criciúma. Recusa-se a receber o prefeito, embora este tenha tentado amenizar o conflito ao procurar o Secretário da Casa Civil, Douglas Borba. Apesar de algumas informações erradas de que Moisés e Clésio iriam se reunir ainda na semana passada, nada disso está previsto. Semana passada um deputado aliado do governador ainda perguntou a ele sobre a audiência e foi informado de que há nada marcado.
Enquanto estes dois, governador e prefeito, mantiverem esta briguinha de vaidade política a cidade de Criciúma vai pagando o preço. Para os simpatizantes de Clésio a culpa disso é do intransigente governador, para seus desafetos é culpa dele que “peitou” o governador. Para mim isso é a prova de que a “velha política” segue reinando.
No primeiro “round” Criciúma levou a melhor. A Casan não aceitou a CISAM-SUL como agência reguladora do serviço de água e esgoto em Criciúma. O município entrou na Justiça e a empresa teve que aceitar. Isso é decisão de primeiro grau. A Casan está recorrendo.