Prefeito explica ida de Arleu à Câmara
Para “consumo externo” – isto é, a versão oficial – Arleu da Silveira retornou à Câmara de Vereadores porque o prefeito sabia que deveria fazer isso em março, quando acontece a desincompatibilização. Só decidiu antecipar. Diz que pretende uma base aliada mais forte e admite que não é plenamente satisfeito com alguns movimentos da base aliada. Ele nega, entretanto, que a antecipação da mudança tem a ver com o recente comportamento de aliados que votaram contra o governo. E justifica isso dizendo que o líder continuará sendo Aldinei Poteleki
Agora vai a minha interpretação para o fato. Ela está baseada em muitas informações de “bastidores” sim. A decisão foi tomada numa semana em que o prefeito estava com “os nervos à flor da pele” com toda aquela bronca da Meningite. Tanto é que andou se passando em uma declaração polêmica. Apareceu neste pacote a infidelidade da base aliada. A troca foi só uma questão de canetaço.
Arleu não será só vereador. Não será líder oficialmente, mas vai articular como se fosse. Além disso terá policiamento sobre outros movimentos inclusive sobre os movimentos de partidos que podem não estar com Clésio nas eleições do ano que vem. Quer dizer, ele é o soldado no posto estratégico.
Por fim, Arleu não será só vereador, pois será também Secretário quando os fatos exigirem.
Por exemplo, Paulo Ferrarezi (MDB) era oposição, foi convencido a ficar mais perto de Clésio pelos colegas de bancada Toninho da Imbralit e Tita Beloli, mas como suas reivindicações não vinha sendo atendidas distanciou-se de novo. É destes movimentos que Arleu vai cuidar.
Por fim, deve-se enxergar neste movimento ainda o fato de o dia a dia vai deixar Arleu mais perto do eleitor e um vereador com força de Secretário pode pavimentar extraprdonário caminho à reeleição senão para um posto mais importante como de vice-prefeito. O tamanho dos aliados vai dizer onde ele vai estar nas próximas eleições.