BAUER SOLTA BOMBA EM CASA
A disputa pelas duas vagas ao Senado virou uma guerra entre os candidatos da mesma chapa (a que apoia Mauro Mariani (MDB) e Napoleão Bernardes(PSDB)). O atual senador Paulo Bauer usou o horário da coligação para soltar uma propaganda que possivelmente tinha como alvo o ex-governador e um dos líderes da disputa Raimundo Colombo. Nela Bauer fuzila Colombo colando foto dele com Dilma Roussef, que ali é figura que representa o PT, que “afundou o Brasil”. No mesmo tom e estilo que usa para atacar Colombo, Bauer ataca o colega de chapa Jorginho Mello (PR), também exposto como aliado de Dilma e o PT. Pior, o espaço pertence parte à candidatura de Bauer e a outra metade a Jorginho Mello. Bauer soltou uma bomba na própria casamata e se indispôs com todos.
REAÇÃO DE JORGINHO
O candidato Jorginho Mello gravou vídeo em que diz se orgulhar de pertencer a coligação liderada por Mauro Mariani e devolve o ataque dizendo que Paulo Bauer “apunhalou” a coligação depois de “jurar pagar uma dívida que tinha com esta sigla”. Informa ainda que a coligação entrou na Justiça contra o candidato da própria chapa. Com isso busca ganhar os votos dos emedebistas. A estratégia mira ficar com uma das duas vagas.
FALHA NOSSA
O fato gerado pelos disparos de Paulo Bauer contra um companheiro de chapa são bem mais graves. Há de se considerar que a produção e a exibição passaram por coordenadores da campanha através da equipe de propaganda eleitoral. Não cabe alegação de que não sabiam. Foi traição “em casa”.
TIROTEIO
No mesmo vídeo em que se dirige aos emedebistas Jorginho Mello apresenta suspeita de que ao atirar num colega de chapa sugere que Paulo Bauer tenha “algum acerto com o Esperidião Amin”. A prata da bala que Jorginho dispara em Bauer pode ser o instante em que ele remexe no caso da delação premiada que o acusa (está em fase de investigação) de recebimento de vantagens da Hypermarcas. No mesmo vídeo o correligionário de Bauer, Napoleão Bernardes aparece dizendo que “Jorginho é correto”.
REFLEXOS
Entre as consequências do ataque de Paulo Bauer ao companheiro de chapa Jorginho Mello está o prejuízo que ele proporciona para o Sul. Isso porque o seu suplente é vice-prefeito de Içara, Sandro Giassi Serafim. Outro fato é que Bauer é o político hoje mais próximo do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro. Rompimento de Bauer com a chapa combinada a uma possível não reeleição pode levar estes dos tucanos afinados a sair da base de apoio do MDB.
FAKE NEWS
Na Justiça o senador Paulo Bauer conseguiu a suspensão imediata doo telefone que estava espalhando fake news com informações inverídicas contra ele. O whatsapp propagava notícia de que Bauer teria recebido recursos ilegais de empresa de medicamentos, que não tem nenhuma comprovação, apenas delação em processo em investigação.
A ONCOLOGIA
Na reta final da campanha os candidatos intensificam o corpo a corpo na busca da eleição ou reeleição. Para os que entraram na disputa agora o discurso do “novo” é o preferido. Para aqueles que já cumpriram um mandato, como tomo o exemplo do deputado Cleiton Salvaro, a ferramenta são as conquistas. No caso de Salvaro a articulação pela Oncologia Pediátrica do Hospital São José é a cabeça de uma relação que os deputados sempre apresentam como realizações.
DOS MINEIROS
Associados do Sindicato dos Trabalhadores Mineiros de Criciúma foram surpreendidos ontem no final da tarde com o cancelamento de última hora da assembleia geral extraordinária da categoria. O presidente viajou para atender interesses da entidade em São José e não conseguiu chegar a tempo (17h). Com isso fim comprometidas as assembleias que seriam realizadas hoje em Maracajá, semana que vem em São José, Irani e Campos Novos.
ENDIVIDADO
O Sindicato dos Mineiros de Criciúma está com montante de dívidas que pode superar o seu patrimônio. São mais de R$ 1,5 milhão para o sistema de previdência, mais de R$ 300 mil para prefeitura de Criciúma, além de uma enorme relação, inclusive rescisão trabalhista. Por isso já enfrenta duas penhoras, sendo que por uma delas já houve despacho com condenação para leilão da sede, o que conseguiu ser adiado pelo corpo jurídico.