Principais notícias desta terça-feira
Estamos perdendo a diplomacia, falando demais e obtendo menos resultados?
A primeira e principal informação do dia vem ainda da reação do presidente do Criciúma Esporte Clube. Aquele escândalo da arbitragem já no primeiro jogo – e olha que o Tigre venceu aquela partida – e no último domingo em Jaraguá do Sul, levaram Jaime Dal Farra aos exageros. Usou palavrões e fez acusações muito sérias. Há de se considerar que os tempos da diplomacia parecem estar caindo no esquecimento. Não sei se é porque este tipo de reação comportada não dá o resultado esperado ou se estamos mudando o nosso jeito de reagir.
Os termos educados e ponderados parecem cair no esquecimento.
Vivemos tempos de pobreza absoluta na relação das pessoas. Onde a torcida é por quem xinga mais. Mais “mita”. Quem “cola”. Quem “sela”.
Tudo isso novo linguajar significa dizer aquele que parece mais valente e é mais agressivo.
Vivemos tempos em que a diplomacia é tida como remédio sem efeito.
Isso é perda coletiva da “educação”.
O presidente Jaime Dal Farra não foi educado com a direção da federação nem com os árbitros, mas a resposta não veio no mesmo tom.
Remeto a minha interpretação a outros campos. Ao campo da política.
Na política também tem tido eco quem reage aos insultos e quem “cola”. Quem “mita”. Ah, ele “mitou”. Ele “selou”, que significa ter feito o outro calar a boca.
Mas é isso que a gente espera.
Óbvio que estou me referindo ao jeito do presidente Jair Bolsonaro reagir tipo "corte Tramontina", quando não é na foiçada.
Espere, não é só uma crítica ao jeito Bolsonaro de ser.
Este modelo veio antes com o ex-presidente e ex-presidiário Lula. Adorava um corte. No caso dele, preferencialmente de foice.
Mas é necessário ser assim para resolver as coisas?
Eu, sinceramente, prefiro um outro jeito.
Eu prefiro o jeito Moro de ser.
Nesta semana ele passou por dois grandes programas de televisão: Roda Viva na segunda e ontem no Pânico da Jovem Pan.
Em nenhum deles precisou baixar o nível, mas respondeu a todos.
Mas o mais importante do Moro não é quando ele fala: é quando ele age.
Enquanto, no Brasil, sempre se disse que o crime do colarinho branco não tinha jeito, ele fez a sua parte.
E sem gritos, nem ofensas.
O importante é o resultado a que se chega, não o tom mais alto do grito.
E a diferença está clara: Lula e Bolsonaro são políticos da velha política.
Um já gastou a sua habilidade e o outro está em plena execução dos seus planos.
Já Moro faz a sua parte. Consegue dialogar em bom tom.
Então, se cada um fizer a sua parte, sim, podemos criar uma nação com resultados sem ser deseducado.
Não é preciso “mitar” para vencer. Basta jogar o jogo na suas regras sem populismo, mas com resultados.
Senão, em breve, deixaremos de avaliar as pessoas pelos resultados e sim pelo tamanho do grito ou da “lacrada” e resposta engraçada que ele der.
Para encerrar: no caso do Criciúma Esporte Clube, é preciso fazer time competitivo capaz de superar até mesmo as adversidades do campo. O que, convenhamos, estamos longe de ter.
O Jaime “mitou”. “Lacrou”, mas para passar no teste mesmo vai ter que fazer time. Quando o time lacrar em campo, vai poder baixar o tom e enquadrar a gestão do futebol de Santa Catarina, que é sim muito fraca. Só não é mais fraca que a nossa arbitragem.
No rio, nada-se de acordo com a correnteza. Quem tiver a força sobrevive. Quem não estiver preparado para todo tipo de intempérie afunda.
Alguns dos principais assuntos desta terça-feira:
Chefe da Casa Civil do Governo do Estado entregou ontem na Assembleia Legislativa resposta ao pedido de impeachment do governador, vice-governadora e secretário de Administração. Documento vem com pedido pelo arquivamento. Deputado Júlio Garcia já tinha se manifestado com esta tendência, mas a resposta ainda não é definitiva. A proposta pode nem ir ao plenário do legislativo.
Em Criciúma, o Partido Progressista (PP) deve realizar ainda essa semana uma reunião para cobrar uma posição do ex-deputado federal Jorge Boeira, se vai ou não disputar a eleição municipal deste ano. Devem assumir o comando desta reunião os ex-deputados Valmir Comin e Leodegar Tiscoski, que agem em sintonia com o senador Esperidião Amin. A reunião ainda não tem data e hora definidos. Vai depender da agenda de Jorge Boeira.
Delegada de política que investigou o caso de violência doméstica em que figura como denunciado o deputado federal Daniel Freitas não enxergou razão para indiciar o parlamentar. Assim, com esta conclusão, a delegada Juliana Freitas Zappelini mandou o processo para o Judiciário, que já mandou ao Ministério Público.
Na saúde: Santa Catarina já registra 15 casos de sarampo só neste ano.
No futebol: destaque ainda à repercussão do desabafo do presidente Jaime Dal Farra, depois do Criciúma ser roubado de novo pela arbitragem. Em campo, ontem, o Avaí derrotou o Marcílio Dias por 3 a 1 em jogo de estádio vazio. O time da Ressacada foi penalizado por invasão ocorrida no ano passado.
Acidente grave, ontem, com viatura da Polícia Militar deixa um PM gravemente ferido. Tem ainda capotamento em Laguna. Capotamento na Via Rápída. Será que a nova Via Rápida está com pontos de aquaplanagem (?), o que é comum na BR-101.
Em Jaguaruna, a crise na saúde. Hospital emite nota falando em fim do contrato com o hospital, mas a prefeitura nega.
E ontem, era para ter acontecido o primeiro julgamento do caso de desvio de recursos do Cis-Amesc, o consórcio da saúda nos municípios do Vale do Araranguá. Ficou para a semana que vem.
Uma decisão do Tribunal de Contas condenou os últimos três prefeitos a devolver dinheiro por negócios mal feitos com a conta de luz. Júlio Cecchinel, Heitor Valvassori e Gentil da Luz terão que devolver juntos 270 mil reais.
Ainda repercutem os bons números na geração de empregos em pelo menos três municípios da região carbonífera. Siderópolis deu um banho em termos de criação de novos postos de trabalho ao longo do ano passado. Foram 1.278 empregos a mais do que demissões. O número é bem melhor do que Içara (que é maior) e gerou 861 de saldo, mas Içara também é melhor do que Tubarão (que é maior) e gerou 705 empregos a mais do que demissões. Se comparar com a Araranguá, a diferença é ainda maior, porque lá a geração de empregos foi de apenas 230.
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