“EM SE PLANTANDO TUDO DÁ”
Texto de Willi Backes
Em 1º de Maio de 1.500, em carta relatório enviado ao Rei Português D. Manoel, correspondência que seria de conhecimento público apenas no ano de 1.817, Pero Vaz de Caminha fez relato do que percebeu logo na chegada as terras do Pau-Brasil.
Em parte do extenso relato, disse: “Nela, até agora, não pudemos saber que aja ouro, nem prata, nem coisa alguma em metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados, assim como os de Entre Doiro e Minho, porque neste tempo de agora achávamos como os de lá. Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á tudo por bem das águas que tem”.
Essa é apenas uma fração da carta do Pero Vaz de Caminha, de onde se extraiu a frase “Em se plantando tudo dá”. Apenas alguns dias no litoral do hoje Estado da Bahia, foram suficientes para os portugueses observarem o grande potencial das terras do novo mundo por eles descoberta.
A LETARGIA TUPINIQUIM.
Desde sempre os portugueses, espanhóis, holandeses e franceses, mais recentemente os americanos, ingleses, alemães, chineses, árabes e indianos, conheceram e conhecem em detalhes as potencialidades do país continental Brasil. A pesquisa e ciência no campo, notadamente nas áreas verdes ainda virgens, tem todos os sotaques e idiomas, raríssimos do português nativo.
E os brasileiros? Como diz a própria letra do Hino Nacional, “Gigante pela própria natureza”, “Deitado eternamente em berço esplêndido” e é assim mesmo que a vida anda por aqui.
DESCOBRIRAM. E AGORA?
Foi necessária uma letal desgraça viral para que os desatentos e preguiçosos mentalmente descobrissem do que é feito a nação brasileira. Perceberam que não haveria vida nas aglomerações urbanas se no campo não estivessem abnegados e incansáveis produtores na agricultura e pecuária. O resto do mundo, concorrente, já sabia, os nativos descobriram agora. Entretanto, de nada valerá a descoberta se não for adequadamente usufruída.
O Brasil tem em abundância carvão, água, vento e petróleo para gerar energia, tem minérios para mil e uma utilidades, tem infindáveis terras para a produção e criação, tem madeiras em abundancia, tem rios e costa atlântica de toda ordem para navegação e pescados, terras planas imensas para implantação de ferrovias e rodovias, incontáveis plantas para produtos laboratoriais e medicinais, milhões de oportunidades para o turismo ecológico, lazer e gastronômico, e mais, mais, e mais.
No campo e nas estradas é comum o brado .... Eita Brasilzão de Deus!!!
Reportagem: Redação Eldorado
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