Catalunha: milhares protestam contra independência da região
Milhares de pessoas foram às ruas de Barcelona, capital da Catalunha, neste domingo protestar contra a futura declaração de independência da Catalunha. Analistas políicos internacionais acreditam que a declaração deva sair nesta semana.
O desejo de separação da Catalunha da Espanha é bem semelhante ao do movimento separatista "O Sul é o Meu País". Em ambos os casos a Constituição de cada país garante a indivisibilidade de cada nação. Mas há duas diferenças fundamentais: o povo catalão constitui um povo com língua e cultura próprias e o plebiscito na Cataluha foi autorizado por um órgão oficial: o parlamento da Catalunha. A luta foi para a Justiça e o plebiscito promovido pelo parlamento foi declarado ilegal. A Catalunha manteve o plebiscito e a partir dos resultados quer forçar a separação.
A Catalunha espera algum endosso da União Europeia, mas esse não se materializa. O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, pode adotar medidas extremas nos próximos dias: destituir o atual governo da Catalunha, convocar novas eleições e retirar o status autônomo da região.
E qual o papel das Nações Unidas? As Nações Unidas se pronunciam através da sua Comissão de Direitos Humanos, defendendo o direito da realização do plebiscito e condenando o uso exagerado da força policial por parte da Espanha. A Comissão requisitou que a Espanha faça uma investigação imparcial e que o governo da Espanha aceite sem demora os pedidos de visita de peritos em direitos humanos da ONU.