Catalunha: uma lição para "O Sul é Meu País"
A tentativa de independência da Catalunha, então região autônoma da Espanha, provou que um movimento de independência precisa estar preparado para lidar com os contratempos. Mesmo com o referendo legal do ponto de vista do Parlamento da Catalunha, e tomando ainda por base a lei internacional que não proíbe a declaração de independência, o movimento falhou ao não prever a movimentação judiciária da Espanha, que desde o primeoiro momento lutou para preservar a unidade do país.
Com povo, língua e região distintos da Espanha, a Catalunha tinha em teoria tudo para dar certo em seu movimento de separação. Entretanto, não houve o apoio internacional necessário, vindo de dentro da ONU e da União Europeia, e por outro lado, sem um confronto militar entre a Espanha e a Catalunha a divisão do território espanhol se torna impossível. O custo seria alto. Muitas vidas seriam perdidas num confronto que poderia levar semanas a meses, mas com a Catalunha seria esmagada internamente.
Por outro lado, o apoio ao movimento pelas autoridades oficiais, como o Presidente da Catalunha, Carles Puigdemont e seus ministros, mostrou que o poder central pode levá-los à Justiça como traidores: uns estão presos, outros estão em Bruxelas, considerados fugitivos.
Aplicando-se em comparação ao movimento "O Sul é Meu País". é fácil ver os caminhos difíceis para a independência dos três estados do Sul. Brasília aceitaria? Resistiríamos a confrontos com o poder central?