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  Silmar Vieira: o adeus ao ícone do rádio no Sul

commentJornalismo access_time19/03/2024 18:52

O jornalista e comunicador da Rádio Eldorado faleceu na manhã desta terça-feira (19), após lutar por três anos contra um câncer.

Caravaggio empata pelo Catarinense Sub-21

commentEsporte access_time18/03/2024 11:29

Azulão da Montanha segue liderando a competição.

Criciúma vence e está nas semifinais do Catarinense

commentCriciúma EC access_time18/03/2024 10:55

O Tigre recebeu o Hercílio Luz na noite deste domingo (17) no estádio Heriberto Hülse e venceu, de virada.

O melhor mel do mundo é de Santa Catarina.

access_time05/10/2017 - 09:29

Pela quarta vez consecutiva o mel produzido pela Prodapys de Araranguá foi cosiderado o melhor do mundo. A escolha aconteceu no 45º Congresso da Associação Internacional das Federações de Apicultores (Apimondia), em Istambul, Turquia.


Secretário de Agricultura está internado se recuperando de enfarte

 personSilmar Vieira
access_time11/05/2020 - 13:44

Uma fonte ligada à Secretaria de Agricultura e Pesca de Santa Catarina, trouxe a informação na manhã desta segunda-feira (11), de que o secretário Ricardo de Gouvêa sofreu um enfarte na tarde deste domingo (10). A mesma fonte afirma que ele teria sido encaminhado ao hospital onde foi submetido a uma angioplastia e teve dois stents instalados. Nesta segunda-feira (11), ele está se sentindo melhor mas continua internado na UTI para obervação.
Entramos em contato ainda pela manhã com a assessoria da secretaria para verificar ainformação.

Agora há pouco a assessoria da Secretaria de Agricultura confirmou a informação e respondeu em nota breve:
O secretário Ricardo está bem, consciente e se recuperando. Esperamos seu retorno assim que possível.
Enquanto isso, o secretário adjunto Ricardo Miotto responderá pelos compromissos e reuniões pré-agendadas.

Agropecuária sofre efeitos da estiagem

 personSilmar Vieira
access_time02/05/2020 - 17:21

Desde meados do ano passado o volume de chuva na região ficou abaixo dos níveis considerados normais e satisfatórios. Os primeiros a sentir os efeitos foram os rizicultores, que tiveram dificuldades para abastecer as canchas no decorrer da safra. A região da AMESC foi a mais atingida, uma vez que não há uma barragem que possa auxiliar no abastecimento, o que resultou também em problemas até para abastecimento humano durante o verão.

Normalmente os meses de outono e inverno são os de menor índice de chuva na região o que complica ainda mais a situação, pois já encontra um solo seco e manaciais comprometidos. Desde o início do ano, com a previsão do retorno do fenômeno La Niña, resultado do resfriamento das águas do Oceano Pacífico, já se temia que a situação fosse se deteriorando emtermos de abastecimento na região.

Infelizmente as previsões estão se concretizando e vários setores produtivos já começam a sentir os efeitos da estiagem. A produção de milho, feijão e soja já vinha sofrendo quedas em virtude da pouca umidade do solo. Há poucos dias fumicultores começaram a relatar que já encontram dificuldades para irrigar os canteiros de muda e sentem insegurança com a possibilidade de faltar chuva na hora de transferir as mudas para a lavoura.

Hoje pela manhã, no Eldorado na Praça, recebemos a informação do avicultor Guilherme Destro, da comunidade de Picadão, em Nova Veneza, que teve que adaptar um tanque ao trator para conseguir abastecer o aviário. Segundo relato de Guilherme, o galpão abriga aproximandamente 60 mil aves que devem ser entregues na meio da próxima semana. Nesta fase o consumo de água é mais acentuado e chega a praticamente 10 mil litros por dia. Isso obriga ao avicultor investir tempo e dinheiro para garantir o básico para abastcer as aves.

Segundo Ronaldo Coutinho, há indicativo de chuva na terça e quarta-feira, mas o volume é baixo e não traria nenhuma alteração para os mananciais já compromtidos. A expectativa é que o volume seja suficiente pelo menos para ajudar nos preparativos das pastegns de inverno, uma vez que criadores de gado leiteiro da região já começam amargar prejuízos com perda de qualidade nas pastagens remanescentes do verão e não há umidade para inicar os preparativos para forragem de inverno.

Feira Delivery da Agricultura Familiar de Criciúma continua nessa semana

 personSilmar Vieira
access_time29/04/2020 - 08:43

A previsão de retorno da Feira da Agricultura Familiar no Paço Municipal e no Parque das Nações continua para a próxima semana.
Por enquanto continua valendo a feira pela internet.
Pedidos de produtos da Feira Delivery da Agricultura Familiar de Criciúma podem ser feitos até às 19 horas da quinta-feira (30), valendo ainda pedido mínimo de R$ 40,00. Lembrando que estão na lista de pedidos produtos orgânicos.
As entregas serão feitas no sábado (02) até o meio dia.
Você pode acessar o site: https://kyte.site/agricultura-familiar-2

Orgânicos na lista da Feira Delivery de Criciúma

 personSilmar Vieira
access_time21/04/2020 - 09:32

A partir do meio dia desta terça-feira (21), já é possível fazer os pedidos no site da Feira Delivery da Agricultura Familiar de Criciúma. Os pedidos poderão ser feitos até às 19 horas da quinta-feira (23), sendo que o pedido mínimo continua sendo de R$ 40,00. A entrega será feita no sábado (25), até o meio dia. Na hora da compra o consumidor deve informar se o pagamento será feito através de cartão de débito, crédito ou em dinheiro.

A grande novidade da semana é que os produtos orgânicos passam a fazer parte das opções de compra para quem procura uma alimentação saudável e nutritiva.

Para acessar o site, a partir do meio dia desta terça (21), é só clicar no endereço a seguir: https://kyte.site/agricultura-familiar-2

Agricultura Familiar: tecnologia do cultivo, agora serve para a venda

 personSilmar Vieira
access_time15/04/2020 - 09:38

Não é novidade para ninguém que a agropecuária brasileira é uma das mais tecnificadas do mundo. Ao contrário de outros setores, o agronegócio brasileiro esta sempre à frente em termos de tecnologia de cultivo de plantas e de criação de animais. Há anos aqui neste espaço viemos chamando a atenção para isso.

Porém, toda esta tecnologia ficava escondida nas propriedades rurais. Não fossem espaços como este aqui na Rádio Eldorado, quase ninguém ficaria sabendo disso. É um avanço silencioso e como tudo que da certo, quase não aparece. Geralmente chama mais a atenção o que é ruim, o que não funciona.

Agora, por força da necessidade do momento, esta capacidade dos produtores rurais de se adaptarem e se reinventarem a todo momento começa a aparecer de forma muito clara. Com a impossibilidade de realização de feiras presenciais nas praças das cidades, os agricultores, cooperativas, setor de agricultura das prefeituras e Epagri se movimentaram rápido para garantir a renda aos produtores e o abastecimento da população.

Com mais ou menos sucesso, com mais ou menos facilidades, cada um foi se adaptando e criando soluções para atingir os objetivos. Desde vinho com entrega gratuita, peixe frito por encomenda, até uma feira completa através de pedidos feitos por uma espécie de gondola num site, os agricultores familiares estão dominando as novas tecnologias e “invadindo” a internet e redes sociais com seus ótimos produtos.

Seguem informações e canais para você entrar em contato com os produtores rurais.

Feira Delivery de Criciúma. Pedidos mínimos de R$ 40,00 podem ser feitos até quinta (16) às 20 horas e as entregas serão feitas no sábado (18) a partir das 8 horas. Pedidos pelo site: https://kyte.site/agricultura-familiar-2

Cooperbelluno: Embutidos Mazzurana – 98834-1450
Orgânicos Joelmo – 98801-8351
Rizacó Produtos Coloniais – 98803-7916
Peixes Monte Forte (peixe frito): 99942-4568

Coofanove: 99676-4044, 3436-2894

Vinícula Borgo Gava: whatsapp 98827-7586

Organização, fiscalização, investimento: o exemplo do agronegócio no controle de pandemias

 personSilmar Vieira
access_time13/04/2020 - 16:29

Tendo nascido no meio rural e desde 1994 trabalhando como jornalista no setor do agronegócio, tenho acompanhado de perto todas as transformações e avanços no setor nestas últimas décadas. Há alguns anos venho afirmando insistentemente que os avanços obtidos pela agropecuária nacional são impressionantes, sempre lamentando que outros setores da economia e da sociedade não tenham evoluído no mesmo ritmo.

Desde a década de 1970 o Brasil detêm a tecnologia genética de captação de nitrogênio na atmosfera e sua fixação no solo através de plantas de soja com maior potencial de inoculação (processo de captura e fixação nas raízes da planta). Vale a pena lembrar que o nitrogênio é um dos mais importantes e raros insumos utilizados na agricultura. Então, captá-lo de graça na atmosfera e deposita-lo no solo enquanto as plantas crescem e produzem, convenhamos, é um baita negócio. Mas, claro, isso não aconteceu por acaso. É fruto de intenso e longo trabalho desenvolvido por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Na década de 1990, quem produzisse aqui na região de 60 a 70 sacos de arroz por hectare era considerado um “baita produtor”. Com grande parte do serviço sendo feito de forma manual e rústica e a colheita processada por máquinas desajeitas e não adaptadas para o tipo de solo e condições, o cultivo de arroz era um dos mais penosos que existiam. Ainda falta colher uma pequena parte dos campos desta última safra, mas pelo que tudo indica teremos uma das maiores médias de produtividade da história, podendo chegar perto dos 190 sacos de média, com algumas áreas produzindo até 220 sacas por hectare. Maquinários modernos, totalmente adaptados e possibilitando que um terço do pessoal realize o dobro do trabalho.

Quando vamos à pecuária então os avanços são impressionantes, principalmente em Santa Catarina. Conseguimos desenvolver um tripé sólido que nos dá ampla vantagem no mercado internacional: genética apurada, técnicas modernas e inovadoras e controle sanitário rigoroso. Em três décadas fomos capazes de isolar totalmente os nossos rebanhos criando uma blindagem perfeita para proteger a economia do estado e coloca-lo no patamar dos mais seguros territórios do mundo em termos de sanidade animal.

Já nos acostumamos a encontrar as barreiras sanitárias montadas nos principais acessos do estado, controlando todo o transporte de animais, a fim de garantir a saúde dos nossos rebanhos. Tomamos medidas drásticas, investimos em pesquisa, garantimos a fiscalização e colhemos ótimos frutos por tudo o que foi feito.

Porém, em meio a esta pandemia, a pergunta vem automaticamente a cabeça: porque não fizemos o mesmo na saúde humana? Porque governos e empresas não fizeram os mesmos investimentos para garantir a segurança e desenvolvimento humano da mesma forma como foi feito em relação aos animais de criação? Até os animais de estimação em geral tem uma gama de vacinas e cuidados que parecem suplantar ao que é dispensado aos humanos.

Será que não investimos na saúde humana é porque não dava lucro?

Se a resposta for essa, então fica claro que nossa visão estava radicalmente míope. Se não dava lucro cuidar da saúde humana, os prejuízos agora são certos em todos os setores.

Li na semana passada uma entrevista com um grupo de cientistas norte americanos que estavam prestes a descobrir uma vacina para o Corona Vírus que causou um epidemia no Oriente Médio em 2012. Aquele parente próximo do Covid-19 tinha aproximadamente 80% de compatibilidade com este e se a pesquisa tivesse avançado, teríamos agora uma imensa vantagem para conseguir uma vacina.

Mas, infelizmente, as pesquisas foram canceladas porque ninguém, nem empresas nem governos, quiseram investir 4 milhões de dólares.

Todos os Corona Virus que afetam os rebanhos no mundo afora foram mapeados e tem vacinas eficazes e seguras para a aplicação a qualquer momento, interrompendo suas cadeias de transmissão, as mortes e os prejuízos. Não se poupou nem dinheiro, nem esforços para que se criasse uma rede de proteção da cadeia produtiva global.

Além disso, foram criadas em vários países do mundo as compartimentações regionais, como exemplo do que temos aqui em Santa Catarina. Se uma doença surge em uma determina região, ela é imediatamente isolada e, enquanto se realiza o trabalho de desinfecção naquele ponto específico, todas as demais áreas continuam funcionando normalmente, sem nenhum tipo de contra tempo. Hoje o controle sanitário para você entrar numa granja de aves ou suínos é maior do que para se entrar em muitos laboratórios.

Dispensável dizer ao final que, tivéssemos feito a metade do esforço de trabalho e investimento ao setor de saúde humana, como o dedicado ao setor produtivo do agronegócio, não estaríamos nem de longe passando pela situação atual.

A prova dos nove

 personSilmar Vieira
access_time12/04/2020 - 15:58

Depois de uma longa conta, cheia de variáveis e algarismos complexos e antes da invenção das modernas calculadoras, os contadores contavam com um artifício matemático de conferência do resultado: a prova dos nove, ou a regra dos noves fora.

Pois esta semana que estamos iniciando é a “semana dos noves fora” para a cadeia produtiva da agricultura familiar de Santa Catarina. O setor foi atingido em cheio pela queda no consumo de produtos no mercado interno e, em que pese as iniciativas de venda remota, vai depender de toda a ajuda possível para passar por este momento de aperto.

Como estamos falando de pequenas propriedades rurais, em sua maioria tocada pela força de trabalho da própria família, há que se levar em conta que a subsistência da família em parte é garantida pelos alimentos ali produzidos. Porém, não se pode esquecer que a maioria conta com empréstimos de custeio de safra, ou de investimentos de melhoria nas instalações da propriedade ou na modernização do maquinário de trabalho.

Estes compromissos estão por vencer. É hora de pagar as contas nos bancos e outras instituições financeiras e a garantia de renda simplesmente sumiu. Deixar este setor desassistido seria decretar a falência de uma dos mais perfeitos modelos de Agricultura Familiar do país e até do mundo. De fato nosso estado é modelo pela forma como orquestramos a cadeia produtiva.

Sabedores disso, tanto o Governo Federal como o Governo do Estado anunciaram na semana passada pacotes de socorro para o setor. O que foi anunciado agradou. Se não é tudo o que seria preciso, mas considerando as circunstâncias, está de bom tamanho.

A questão agora é simples: quem pode e como pode acessar esses benefícios?

Vai ser com certeza uma semana de muito trabalho e muitas dúvidas a serem esclarecidas. A recomendação inicial é que os agricultores primeiro contatem com os técnicos da Epagri, que continuam atendendo por telefone ou mensagem de whatsapp, com os sindicatos rurais ou dos trabalhadores rurais, ou com os escritórios de engenharia agronômica onde fizeram seus projetos de custeio ou investimento.

Esta é melhor forma de conseguir informações mais precisas e seguras de como proceder a partir de agora.

Agroponte 2020 vai acontecer em novembro

 personSilmar Vieira
access_time10/04/2020 - 20:56

É inevitável que datas fixas como a Páscoa sejam atingidas em cheio por eventos como o que o mundo está passando em 2020. Guardadas as devidas proporções, lembro-me da enchente de 1995 aqui na região, quando não houve comemorações de Natal para milhares de famílias atingidas pela catástrofe natural. Como disse, datas fixas não conseguem fugir aos contratempos que podem surgir a qualquer momento. Porém, quando há possibilidade de alteração de uma data, com sensibilidade, visão estratégica e criatividade da para contornar os contratempos e garantir a segurança, tranquilidade e sucesso de um evento.
Digo isso para ilustrar a notícia da transferência da data de realização da AgroPonte deste ano. Depois de conversar com todas as entidades envolvidas na organização e realização da maior feira da Agriculrtura Familiar de Santa Catarina, o empresário Willi Backes decidiu transferir a feira, que costumeiramente acontece no mês de agosto, para o mês de novembro.
Todas as projeções que se faz mundialmente da evolução da atual pandemia é de que naturalmente ela deverá ter fechado seu ciclo logo no início da primavera no Hemisfério Sul, entre agosto e setembro. Com isso, a definição da data AgroPonte entre os dias 18 e 22 de novembro, dará tempo suficiente para que todos se preparem adequadamente, bem como trará segurança e tranquilidade ao público visitante.
Quanto ao público do meio rural, a data coincide com o momento em que a correria maior de preparo e plantio da safra 2020/2021 já esteja terminada, garantindo que o público do meio rural com toda certeza estará garantido na feira.
Sob todos os aspectos a decisão é acertada, por levar em conta questões econômicas, estruturais e de segurança à saúde pública. Com toda certeza será mais uma edição de sucesso daquela que defino como a feira mais querida do povo do Sul de Santa Catarina.

Agronegócio: as várias realidades dentro de um mesmo setor

 personSilmar Vieira
access_time10/04/2020 - 09:43

Quem acompanha o Rádio Rural todos os dias aqui na Rádio Eldorado, nos ouviu dizer desde o início desta crise da pandemia que o agronegócio seria o setor que menos iria sofrer e o que mais cedo reagiria ao final da crise. Porém, nos últimos dias viemos trazendo notícias de que os governos estão sendo cobrados a tomarem medidas para salvar o setor.
Então o que está acontecendo?

Vamos tentar explicar este cenário complexo em breves palavras: há realidades bem diferentes dentro do mesmo setor.

Ao anunciar o pacote de socorro ao agronegócio, o Governo Federal já deixou claro que os produtores de milho e soja não terão acesso aos benefícios emergenciais. O motivo é simples. Nos dois casos os negócios vão de vento em popa. A safra de soja foi plantada com a saca valendo R$ 82,00 e a venda agora está sendo feita em média a R$ 100,00. Nem nos melhores sonhos dos sojicultores se esperava um cenário destes. Com o milho foi a mesma coisa, alta produtividade e preços muito compensadores. E, nos dois casos, o mercado internacional aquecido e a alta do dólar que torna o produto brasileiro mais interessante ainda para a exportação.

O nó começa a apertar no setor de carnes. No início da semana conversamos com Lozivânio de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Suinocultura. Ele falou sobre as duas realidades do setor. Os pequenos frigoríficos, que são maioria na região, e que vendem para o mercado interno, já sentiram os efeitos da baixa no consumo. Já os grandes frigoríficos que focam no mercado externo, vão indo muito bem. As exportações de carne de frango e boi também continuam a todo vapor. Entre semana passada e esta semana foram vários anúncios de novos negócios com países como China e Egito. Somente para o Egito foram 42 novos frigoríficos liberados a exportar nessa semana.

Quando chegamos na Agricultura Familiar é que a situação aperta. Mais de 90% das propriedades catarinenses estão na categoria de pequenas propriedades em regime de agricultura familiar. Pesquisas apontam que mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro venham justamente deste setor. Em tempos normais, esse é o segredo do sucesso, pois se formam as chamadas cadeias curtas, onde quem produz fica muito próximo de quem consome. Isso significa produtos mais frescos, com menor preço e quando o consumidor consegue identificar de onde vem e como é produzido o que ele vai comer.

Mas, em tempos de quarentena e crise financeira, é o setor mais atingido. Grande parte da venda destes produtores é feita nas feiras das cidades, sendo que maioria está fechada em média há três semanas. Depois vem as vendas para a merenda escolar, o que também caiu com o fechamento das escolas. Depois vem o fornecimento para restaurantes, bares e lanchonetes, todos fechados.

Vamos tomar o exemplo do queijo. A maior parte da venda do produto da região é justamente para restaurantes (principalmente pizzarias), bares, lanchonetes e padarias. Grande parte desses estabelecimentos está fechada ou funcionando sem consumo no local, como nas padarias. Dependendo apenas do consumo feito em casa, a demanda é bem menor. Isso freou a venda de queijo, que fez os lacticínios baixarem em 50% a compra do leite e forçou os produtores a descartar leite ou adotar estratégias para diminuir a produção de seus animais, que incluem secar vacas mais cedo e disponibilizar menos alimento aos animais.

As vendas pelas redes sociais ou telefone estão se tornando mais que uma alternativa interessante, mas na verdadeira “salvação da lavoura”, para os pequenos produtores aqui da região. Então, ainda mais neste momento se reforça a frase que usamos sempre no Rádio Rural: compre produtos da agricultura familiar, é bom para você e para a economia regional!

Transporte de animais poderá ser feito com GTA digital no celular

 personSilmar Vieira
access_time09/04/2020 - 18:47

Os produtores rurais de Santa Catarina contam com mais uma facilidade para transportar animais. Durante o período de quarentena, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) irá aceitar Guias de Trânsito Animal - GTAs em formato digital (smartphone ou outro meio digital), dispensando a necessidade de impressão. A medida vale para trânsito de animais dentro e fora do estado e para todas as finalidades, obedecendo as orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Acessar serviços públicos via smarthphone já é realidade em Santa Catarina, por meio de plataformas e aplicativos desenvolvidos pelo Governo do Estado para aproximar o atendimento público da população em diferentes atividades. Após a identificação de dificuldades em alguns elos da cadeia, a adoção de processo digital na apresentação da GTA agiliza o sistema e resguarda o funcionamento de atividades essenciais à cadeia produtiva de alimentos.
Segundo o secretário da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, Ricardo de Gouvêa, a implantação de documentos digitais na agropecuária de Santa Catarina é indispensável nesse cenário que estamos vivendo. “É importante todo esse esforço em disponibilizar ferramentas e meios que tornem a rotina do produtor mais prática, eficiente e com resultados”, ressalta Gouvêa.
Emissão de GTA
A GTA é um documento oficial e de emissão obrigatória para o trânsito intraestadual e interestadual de animais para qualquer finalidade (abate, recria, engorda, reprodução, exposição, leilão, esporte e outros). Hoje, com o celular em mãos, o produtor catarinense consegue emitir a e-GTA no sistema Sigen+ da Cidasc e com o arquivo digital transitar com seus animais.
O produtor que receberá os animais deve arquivar a cópia física ou digital das GTAs, assim como dos documentos que acompanharam os animais, para apresentação ao Serviço Veterinário Oficial quando solicitado.
Exames e certificados
Há mudanças também na apresentação de documentos que acompanham a GTA. Para o trânsito dentro do estado, os exames e certificados podem ser apresentados digitalmente. Já para o trânsito interestadual, só serão aceitos os documentos impressos.

Governos anunciam medidas de socorro aos pequenos produtores rurais

 personSilmar Vieira
access_time09/04/2020 - 09:15

A sanção presidencial para a chamada MP do Agro na segunda-feira (6), o anúncio ontem do programa de socorro aos agricultores tanto para a crise causada pela pandemia, quanto pelos prejuízos da estiagem no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e o anúncio do Governo Catarinense de compras de alimentos a serem distribuídos aos alunos da Rede Estadual durante a paralisação das aulas, trazem ânimo ao setor.

Embora tenha que ser levado em conta que muitas medidas ainda dependem de acertos burocráticos e definição de como serão operacionalizadas, os governos garantem que grande parte das medidas deve começar a surtir efeito em curto prazo.

Confira as medidas anunciadas:

• Liberação de R$ 500 milhões para apoiar a compra de produtos da agricultura familiar durante a pandemia. Será pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal e vai principalmente para produtores de hortifrúti, leite, flores e pequenas cooperativas. O recurso virá do Ministério da Cidadania e será administrado pela Conab.

Para produtores rurais afetados pela Covid-19:
• Prorrogação de dívidas de custeio e investimento para todos os produtores até o dia 15 de agosto de 2020;
• Abertura de linha de crédito emergencial de R$ 20 mil para produtores do Pronaf e R$ 40 mil para produtores Pronamp que trabalham com culturas de hortifrútis, flores, leite, pesca e aquicultura. Pagamento em até três anos com aplicação de juros já praticados pelos dois programas;
• Recursos para comercialização para cooperativas, cerealistas e agroindústrias de até R$ 65 milhões por tomador por meio do Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP).

Para produtores afetados pela estiagem em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul:
• Prorrogação de dívidas de custeio e investimento até o final de 2020 para produtores de municípios com decretação de estado de emergência. Na modalidade de custeio, as parcelas podem ser pagas em até sete anos. Na modalidade de investimento, o montante será descontado depois do último ano de pagamento do financiamento;
• Disponibilização de crédito para cooperativas de até R$65 milhões por tomador. Prazo para pagamento de até quatro anos.

Aqui em Santa Catarina o Governo do Estado prepara a distribuição de kits de alimentação escolar para os alunos da rede estadual. Os produtos serão integralmente adquiridos da agricultura familiar, com o investimento de aproximadamente R$ 4 milhões por mês, no período em que as aulas presenciais estiverem suspensas.
O kit de alimentação será composto por arroz, feijão, farinha, leite UHT, suco integral, biscoitos, entre outros produtos não perecíveis.

Agricultores de Criciúma também criam sistema de encomendas de produtos

 personSilmar Vieira
access_time08/04/2020 - 14:57

Sem a possibilidade de fazerem a tradicional Feira da Agricultura Familiar no Paço Municpal ou no Parque das Nações, os agricultores de Criciúma, em conjunto com a Gerência de Agricultura e Epagri criaram canais para a venda dos produtos. As encomendas podem ser feitas até esta quinta-feira (9) e as entregas serão feitas no sábado pela manhã. Confira na imagem acima os canais para fazer o seu pedido.

Agricultores apostam no atendimento por telefone ou internet para atender ao público

 personSilmar Vieira
access_time08/04/2020 - 14:53

Ao mesmo tempo em que causou imensos transtornos e prejuízos a economia como um todo, a pandemia forçou uma série de inovações para driblar ou diminuir esses efeitos. Todos os setores tiveram que procurar alternativas aos métodos tradicionais, criando canais de contato com os clientes que antes sequer ousavam imaginar.
Com a agricultura familiar não foi diferente. Mal ensaiavam seus primeiros passos com feiras ou atendendo nas propriedades, se depararam com a necessidade de dar um enorme salto rumo ao uso das tecnologias disponíveis.
Com toda a certeza esse episódio será lembrado pelas vidas que ceifou, pelo caos que causou na saúde pública mundial e pela fragilidade da raça humana frente ao uma forma de vida ainda tão primitiva quanto um vírus. Mas, também não resta dúvida que também será lembrado como um marco divisor nas nossas relações interpessoais e comerciais.
Como forma de auxiliar na divulgação das iniciativas regionais da Agricultura Familiar, vamos disponibilizar todos os canais de contato que nos foram enviados pelos produtores rurais para possibilitar a venda e entrega de seus produtos.
A Coofanove de Nova Veneza adotou sistema de tele-entrega de produtos da Agricultura Familiar pelos telefones 99676-4044, 3436-2894.
Venda de peixes na Semana Santa:
LORO ALEXANDRE, SANGA DO CAFÉ, FORQUILHINHA, NOS DIAS 8 E 9 (QUARTA E QUINTA), A PARTIR DAS 7 HORAS, CARPAS E TILÁPIAS A R$ 6,00 O QUILO. TELEFONES 3463-9153 OU 99973-3568. Outro é RAUL VIOLA, LINHA ALEXANDRE DA BOIT, SIDERÓPOLIS, VENDA DE FILÉ DE TILÁPIA DURANTE A SEMANA. TELEFONE 99942-4568. TININHA E VILMAR, MORRO COMPRIDO, FORQUILHINHA - 99612 9398. FILÉ DE TILÁPIA EM SÃO DOMINGOS, CRICIÚMA, NA PROPRIEDADE DE MÁRIO DOMINGUINI, TELEFONES 99901-0400, 99904-0918.

Fim do subsídio da energia elétrica para produtores rurais

 personSilmar Vieira
access_time07/03/2019 - 16:19

No fim do ano passado, o Governo Temer publicou decreto determinando o fim dos descontos no valor da energia elétrica para produtores rurais. No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro publicou novo decreto que mantinha os descontos. Agora, o governo volta atrás e prepara outro decreto que determina o fim do subsídio. OUÇA:

O hábito de reclamar

 personSilmar Vieira
access_time04/03/2019 - 11:00

Você é uma pessoa reclamona? Tem hábito se assumir a culpa dos seus erros? O assunto foi tema de editorial nesta segunda-feira: O hábito de reclamar e terceirizar a culpa, com Silmar Vieira. Ouça no podcast abaixo: